Era só mais um domingo no Rio de Janeiro, um domingo comum, chuvoso, no dia 12 de novembro de um ano complexo em vários temas para o brasileiro. Contudo, algo único aconteceu naquela data. Por volta das 14h daquele domingo, na Arena Carioca 1, no mesmo espaço no qual aconteceram parte dos Jogos Olímpicos de 2016, era realizado algo extraordinário: em todos os tatames do Abu Dhabi Grand Slam apresentavam-se no Jiu-Jitsu os super-humanos readaptados fisicamente por múltiplas consequências da vida. Como mutantes!
Cadeirantes, amputados, sem visão, portadores de síndromes. Verdadeiros domadores da palavras resiliência, eles deram um show de como o Jiu-Jitsu se fechou em um ciclo esportivo com a sua parte paradesportiva. Mais uma vez a UAEJJF batia o recorde, só que desta vez na terra mãe do BJJ, e em números de paratletas do Jiu-Jitsu em ação.
A resposta da eficiência biomecânica foi apresentada de maneira brilhante. Ficaram perguntas como: o Jiu-Jitsu é um esporte de superação, mas também de readaptação humana? Seria esta uma opção para resposta na saúde pública? A UAEJJF mostrou para o mundo as competições de Jiu-Jitsu paradesportivo, ou o ParaJiu-Jitsu como falado pelos atletas. Japão, Estados Unidos, Brasil, Emirados Árabes e Inglaterra estão na rota dessas competições. No Brasil foi primeira de três etapas, ao qual Guarapari e São Paulo terão as sequências dessas competições.
A UAEJJF deu e dá suporte a FBJJ, que agora lança uma federação ao paradesporto, a A FBJJ-P, a Federação Brasileira de Jiu-Jitsu Paradesportivo. O dia 12 de novembro é um data para se registrar no Brasil, muitos ainda não podem nem imaginar, mas algo de especial aconteceu para mudar a história da arte suave. Se a palavras inspiração e respeito ganhassem um outro codinome, agora seria ParaJiu-Jitsu. Cenas incríveis de o que a arte suave pode mudar a vida de pessoas. Que sejam mais que bem-vindos os novos mutantes da arte suave!